Encontro Estadual - Juventude, Ousadias e Resistências [RECID]

Chegamos na sexta-feira por volta das 3h da manhã. Pouco sono e muitas atividades no dia seguinte. Depois de acordar as 7h para o café e ver o lindo lugar em que estávamos, assistimos uma mística - intervenção artística típica do MST. No salão da Plenária Rosa Luxemburgo, os coletivos foram se apresentando. Vários coletivos de São Paulo (muitos ligados ao hip hop, outros à pratica feminista e a pastorais), a Flaskô de Campinas, entre outros. São Carlos esteve muito bem representado pelo Massa Coletiva, NAPRA, CUPIM e o GECEPop.

"Nossa mística como contra cultura."

No sábado e no domingo nos separamos em grupos de discussão. No sábado, o objetivo era fazer uma análise de conjuntura política ligada às demandas dos coletivos. Com base nisso, foram tirados objetivos políticos, pedagógicos e organizacionais. Além disso, assistimos a um vídeo sobre a RECID - Rede de Educação Cidadã. Um projeto que existe desde o primeiro ano do governo Lula e que pretende criar, em todos os estados, uma rede entre as organizações que trabalhem com educação popular. A rede parte de uma perspectiva ligada à pedagogia de Paulo Freire e ao pensamento marxista e socialista, de transformação do mundo. Um outro projeto de nação se faz necessário, onde haja a luta por igualdade - social, étnica, de gênero, etc. - e liberdade para que todos possam plenamente, viver sem opressão. 

A RECID tem muito mais forças em outros estados e vem chegando à São Paulo. No vídeo, pudemos ver alguns depoimentos dessas pessoas que trabalham junto a RECID e como ela funciona pra além das fronteiras paulistas. São realizadas mais de 2.300 oficinas por ano, além de encontros estaduais. Muito foi falado sbre agroecologia, biofertilizantes - algo que vai de encontro à perspectiva de produção agrícola do MST, um maior cuidado com o meio ambiente, menor desigualdade; em suma: Reforma Agrária.

"O poder popular não é um regime, o poder popular é uma práxis."